Um algoritmo poderá identificar serial killers

Thomas Hargrove, um jornalista aposentado e especialista em análise de dados, tinha uma dúvida: seria possível que um serial killer estivesse atacando em Gary, seu local de residência? Ele enviou e-mails e cartas ao Departamento de Polícia de Gary, com folhas de cálculo que ele mesmo havia elaborado, coletando dados do FBI. De acordo com sua análise, nessa cidade, 14 mulheres de 20 a 50 anos haviam sido estranguladas. Mas a polícia nunca lhe respondeu.

No entanto, quando, em outubro de 2014, Darren Deon Vann foi preso acusado de cometer esses assassinatos, Hargrove soube que seu método funcionava e que tinha que fazer algo a respeito. Foi então que ele se uniu ao ex-investigador de homicídios do FBI Eric Witzig para fundar o Murder Accountability Project (MAP, na sigla em inglês, e Projeto de Prestação de Contas para Assassinatos, na tradução). Em seu site, na internet, a organização conta que, todos os anos, 5 mil assassinatos ficam impunes e que o índice de esclarecimento de homicídios foi caindo cada vez mais, até chegar a um alarmante 1/3 de casos sem resolver, na atualidade.

O trabalho do MAP consiste em compilar informações federais, estatais e locais sobre todos os homicídios não resolvidos, utilizando um computador especial, que, por meio de um algoritmo sofisticado projetado por Hargrove, detecta tendências homicidas. O MAP tem reunido detalhes de 638.454 assassinatos não resolvidos desde 1980. Essa é, de fato, a lista mais completa de casos detalhados de homicídios nos EUA, e qualquer um pode consultá-la.

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FONTE: infobae.com
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