Bombeiro que fez transplante de rosto histórico diz que agora sente esperança

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
Bombeiro que fez transplante de rosto histórico diz que agora sente esperança-0

Agora Patrick Hardison pode nadar em uma piscina, passar a mão pelo cabelo e piscar os olhos. Ele também pode andar por multidões sem que estranhos fiquem apontando para ele ou sem assustar as crianças.

Há pouco mais de um ano, este bombeiro voluntário de 42 anos não poderia fazer qualquer uma dessas coisas. Seu rosto estava gravemente desfigurado.

Hardison sofreu extensas queimaduras faciais depois de atender a um incêndio em casa em 2001, em Senatobia, no Mississípi. Na ocorrência, ele perdeu pálpebras, orelhas, lábios, cabelos e boa parte do nariz. Até o ano passado, ele usou bonés e óculos escuros para cobrir suas cicatrizes e se esconder do mundo.

Cirurgia mudou tudo

Tudo isso mudou no ano passado, quando Hardison se submeteu ao maior transplante de tecido mole jamais feito. A operação trouxe sua vida de volta, segundo afirmou o bombeiro. 

"Eu tenho esperança agora, e eu quero ajudar aqueles que sofreram acidentes e dizer a eles que há esperança para eles também", afirmou Hardison em uma coletiva de imprensa na última quarta-feira.

O Dr. Eduardo Rodriguez liderou uma equipe de mais de 100 cirurgiões e profissionais médicos no New York University Langone Medical Center na cirurgia histórica de Hardison. 

Doador

Para a cirurgia foi usada a face de David Rodebaugh, um mecânico de bicicletas de 26 anos do Brooklyn, que morreu em um acidente de bicicleta. Todos os seus órgãos foram liberados para doação. O transplante da pele da face levou 12 horas. 

Rodriguez e sua equipe deram a Hardison uma nova face, couro cabeludo, orelhas e canais auditivos. Eles também selecionaram partes do osso do queixo, bochechas e o nariz inteiro. O bombeiro ainda recebeu novas pálpebras e os músculos que controlam a piscada do olho. Desde então, já foram 71 uma operações reconstrutivas.





Fontes: CNN , BBC

Imagem: New York University Langone Medical Center