A caçula da Família Manson quebra o silêncio
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Quando os Estados Unidos ainda estavam sacudidos com a notícia de uma série de assassinatos em Los Angeles que havia deixado um total de sete pessoas mortas, Dianne Lake tinha apenas 16 anos. O ano era 1969 e sua vida como membro mais jovem do clã Manson mudaria para sempre.
“Fiquei chocada. Estava horrorizada”, lembra Dianne, agora com 64 anos, ao recapitular a noite em que ouviu Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten conversarem sobre os assassinatos que haviam recém-cometido sob as ordens de Charles Manson.
Dianne quebrou o silêncio depois de 47 anos, para que o mundo saiba como foi crescer na contracultura da década de 1960. Tudo o que ela viveu está documentado em “Member of the Family”, um livro publicado recentemente.
A polícia demorou vários meses para relacionar a Família Manson aos terríveis assassinatos de Abigail Folger, Wojciech Frykowski, Leno e Rosemary LaBianca, Steven Parent, Jay Sebring e Sharon Tate.
“Você pega o Álbum Branco (dos Beatles), joga um pouco de ácido, drogas, Cientologia e a Bíblia. Você agita tudo isso tendo um lunático como o mestre de cerimônias”, ela afirma. “Ele simplesmente ficou louco”. Tudo virou um terrível caos, e Dianne está feliz em não ter feito parte disso.
Um ano depois, quando tinha 17 anos e havia saído de uma internação médica, Dianne voltou a ver Manson em um tribunal de Los Angeles para testemunhar contra ele e também contra vários membros do clã.
“Ele simplesmente estava louco, mas consegui olhar encará-lo”, afirma Dianne. “A essa altura eu já não tinha nenhum vínculo com a seita, por isso me senti bastante segura”, ela conclui. Quando o julgamento terminou e Manson foi condenado por assassinato em primeiro grau, Dianne tentou continuar com sua vida.
Ela se casou, teve três filhos e obteve um mestrado em educação. “Acho que o maior fardo foi manter isso em segredo”, afirma Lake. “Sobrevivi e venci esses tempos sombrios”.
Fonte: People