Há 25 anos, Cerco de Waco terminava com 82 fiéis mortos em incêndio controverso

Em 19 de abril de 1993, as chamas ardiam no rancho de Monte Carmelo, em Waco, no Texas, e devoravam pouco a pouco o edifício que abrigava quase uma centena de fiéis. 

Junto com o fogo, iam-se também os segredos obscuros do Ramo Davidiano, uma seita que estava sendo investigada pelo FBI e pelo Bureau de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo (ATF, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. 

Em fevereiro do mesmo ano, iniciou-se o que ficou conhecido como o Cerco de Waco, pelo governo norte-americano, que tentava impedir que um suicídio coletivo acontecesse. A polícia sabia que a seita, liderada por David Koresh, autoproclamado messias, possuía 48 fuzis transformados em metralhadoras, e isso impulsionou a ação das organizações federais. Koresh, além disso, era um alcoólatra inveterado, polígamo e abusador de menores. 

O cerco durou 51 dias e terminou com um saldo de 82 fiéis mortos, além de quatro agentes federais. 

Vinte e cinco anos após o acontecido, ainda não há certezas, principalmente sobre a origem do incêndio. Enquanto sobreviventes da seita dizem ter sido a ação policial que iniciou os focos, o governo afirma que foram os próprios fiéis que colocaram fogo no prédio e se recusaram a sair. O certo é que David Koresh, que também morreu no incidente, havia advertido às autoridades que, caso o prédio fosse invadido, todos “arderiam em chamas”.

O Ramo Dadiviano surgiu de um racha ocorrido em 1955 no grupo Adventistas Davidianos do Sétimo Dia, um movimento reformista que iniciou dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia na década de 30. 

Esse grupo foi desassociado da Igreja Adventista e iniciou sua própria seita. David Koresh (nascido Vernon Wayne Howell) era o líder do Ramo Dadiviano desde 1984 e acreditava ser o último profeta. 

Não perca especial sobre O MASSACRE DE WACO - PARTE 1 e 2 nesta sexta, 15 de junho, a partir das 22h30

 Imagem:  Federal Bureau of investigation (domínio público)