Os cientistas que tentavam "reanimar" mortos com eletricidade

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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Imagine um teatro lotado de cientistas e de curiosos esperando para ver um cadáver ser ressuscitado. No palco, o corpo de George Forster, um assassino que havia sido executado, é apresentado com fios elétricos na boca e em uma das orelhas. Quando Giovanni Aldini liga uma bateria de 120 volts, as mandíbulas do cadáver se mexem e o olho esquerdo se abre. Por fim, Aldini posiciona os fios na orelha e no reto do morto e o cadáver começa a se sacudir e “dar chutes”.

 

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Essa cena ocorreu em 1803, no Royal College of Surgeons, em Londres, e deixou a plateia perplexa. Anos antes, em 1780, Luigi Galvani, professor de anatomia e avô de Giovanni já havia feito a experiência em um sapo. A ideia de reanimar os mortos com eletricidade passou a ser replicada em várias partes do mundo e ficou conhecida como “galvinismo”. Acredita-se que foi uma dessas experiências que influenciou Mary Shelley a escrever “Frankenstein”, romance de 1816 que se tornou um dos livros mais famosos do mundo.

Giovani Aldini e outros “galvinistas” seguiram seus experimentos na Universidade de Bolonha. No final do século XVIII, Galvini propôs a existência de uma “eletricidade animal”. A teoria era de que existia um suco elétrico gerado no cérebro que fluía pelo corpo, gerando força muscular.

Gato zumbi
O cientista alemão Carl August Weinhold afirmava ressuscitar animais. Em uma série de experimentos, Weinhold extraiu a medula espinhal de gatinhos decapitados, substituindo-as por pilhas de zinco e prata. Ele acreditava reanimar os animais porque conseguia fazer o coração dos gatinhos voltar a bater por alguns minutos. 

 


 

Fonte: The Guardian e Tecmundo
Imagem: Domínio público