A verdadeira história do "Estrangulador de Boston"

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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Em janeiro de 1967, Albert DeSalvo, mais conhecido como o "Estrangulador de Boston", foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro mulheres. No entanto, durante o julgamento, o homem assumiu a responsabilidade por uma série de homicídios - 13 no total - que aterrorizaram a população de Boston, nos Estados Unidos, entre junho de 1962 e janeiro de 1964. Porém, ao não encontrarem provas que pudessem associá-lo a esses delitos, DeSalvo não pôde ser condenado por todos os crimes.

 

As autoridades estão convencidas de que o assassinato das 13 mulheres não foi realizado por somente uma pessoa. Embora todas as vítimas tenham sido mortas da mesma maneira, por asfixia, com meias e roupas íntimas, o modus operandi, assim como o perfil das mulheres, revelou a falta de um padrão comum a todos os homicídios. Além disso, não foram encontradas provas nem testemunhas que implicassem DeSalvo. Apesar disso, o homem sempre afirmou ser o autor dos crimes que criariam a lenda do "Estrangulador de Boston".

 

Poucos meses após sua condenação, em fevereiro de 1967, DeSalvo conseguiu fugir do Bridgewater State Hospital, onde estava recebendo um tratamento psiquiátrico. Ele escapou junto com os outros réus, mas foi preso alguns dias depois, a aproximadamente 70 quilômetros do hospital. Desde então, DeSalvo foi encarcerado em uma penitenciária de segurança máxima, em Walpole, Massachusetts, sua última morada.

 

A verdadeira história do

 

Em novembro de 1973, DeSalvo foi encontrado morto em sua cela. Durante uma inspeção rotineira, as autoridades penitenciárias o encontraram caído no chão, com várias facadas na região torácica. Após ficar em uma cela isolada nos primeiros meses de sua condenação, algo que seu advogado havia solicitado para evitar que outros presos o agredissem, o suposto "Estrangulador de Boston" morreu.

 

Em 2001, as famílias de DeSalvo e de uma das vítimas, Mary Sullivan, pediram a exumação de ambos os cadáveres para realizar um teste de DNA, tecnologia inexistente na época do julgamento do "Estrangulador de Boston". O exame revelou que não havia vestígios genéticos de DeSalvo no cadáver de Sullivan. Porém, em 2013, foi possível determinar que as amostras de sêmen encontradas na cena do crime correspondiam à de DeSalvo.

 

Finalmente, foi possível provar que DeSalvo assassinou a última das vítimas de uma série arrepiante de homicídios. Mais ainda: que provavelmente era ele o verdadeiro "Estrangulador de Boston", de acordo com sua confissão.

 

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Fonte: http://www.lavanguardia.com
Imagens: By Federal Bureau of Investigation (FBI) -Strangler Bureau [Public domain], via Wikimedia Commons